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Ensaio sobre dois

14/08/2012

Dois mais zero pra mim é igual a vinte. E foram doces, esses dois, doces vinte e quatro, e dois que quase que formavam um. Foi doce com gosto de saudade, gosto de ausência que era presença constante, e quanto não era presença, ainda assim era lembrança, as mais lindas que alguém pode imaginar.

Hoje eu olho pra trás e me dá um alivio de ver que você não está lá, que de uma forma torta e diferente (como a gente) você deu um jeito de se instalar na minha vida feito tatuagem, que não vai embora sem deixar marcas. Esse foi o nosso jeito de descobrir o pra sempre prometido, que a gente inventou sem precisar de muita coisa. A gente fez. E a gente fez porque a gente é.

Do fundo do meu coração que eu te dei de presente, espero que todas as pessoas no mundo possam ter alguém que se assemelhe a você pra mim, que todos achem a sua metade perdida e cortem as arestas pontiagudas para se encaixar, para que as curvas se encaixem ao ponto de não querer mais sair.

E é bom que você não saia, porque não sei mais confiar assim em alguém. É bom que você não mude, porque quando meus textos de transformam em notas, é fruto de um carinho grande demais pra expressar. Dessa forma, palavras não são suficientes para agradecer, para explicar ou para tentar definir o indecifrável que é nós dois. Portanto continue sendo esse ser sem-nome que me faz lembrar o quão bom é saber que, mesmo fora do normal, é possível se inventar um pra sempre. E não se esqueça nunca que meu amor por você pode mudar, mas jamais vai embora, e enquanto houver estrela no céu e enquanto meses tiverem um vigésimo dia, isso permanecerá.

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